terça-feira, 25 de novembro de 2008

23-11-08 Fafião - Pradolã - Cabana e Sesta da Amarela- Lagarinho - Matança - Fafião

23-11-08 Sesta Da Amarela
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O Gerês tem dessas coisas que a vida também tem... Passamos vezes sem conta por um local, um monumento ou uma pessoa... e "obcecados" pelos nossos objectivos muitas vezes materialistas e égocentristas, simplesmente ficamos cegos e não nos apercebemos das maravilhas que estavam ali o tempo todo a nosso lado... Faço questão sim... de salientar, de procurar e até evidenciar cada pormenor, cada recanto por mais singelo que seja... Pois só valorizando o pequeno é que temos noção da sua grandiosidade...

domingo, 16 de novembro de 2008

16-11-08 Arado - Malhadonça - Bicos Alto - Pradolã - Coucão - Meda da Rocalva - Roca Negra - Arrocela e Arado


Há 15 dias atrás deparei com uns cenários dos quais me recordarei durante muito tempo. Presenciei um pôr-do-sol dos mais lindos que vi até hoje, daqueles que gente vê e houve o seu apelo… o sol deitava-se por de trás do Coucão, no prado de Iteiro de Ovos, e eu tinha de ir lá, tinha de ir ao seu encontro. Um apelo incontrolável sem explicação mas tinha de ir lá custe o que custasse.
Hoje de 16 de Novembro resolvi por pernas ao caminho. Bem cedo levantei para ter tempo de fazer e a acabar a volta ainda de dia. Comecei no Arado e fui em direcção a Malhadonça, passei a Ponte de servas e o Cutelo das Pias e a Roca Negra espreitavam lá de cima, acenavam com um ar sedutor e eu claro fui me deixando seduzir conforme ia subindo. Passei a Casa de Pinhô e comecei a subir os Bicos Altos sem pressas, saboreando cada passo que dava, apreciando cada paisagem e claro esbanjando charme, entrando num jogo de sedução entre mim e a serra de minha paixão… Cheguei a Pradolã tirei algumas fotos, poucas, já não tinha quase bateria nenhuma na máquina. Lembrei me dos conselhos dos meus companheiros e parei para assimilar aquele momento, aquelas paisagens mas não podia me demorar, ele estava a minha espera e eu não sabia o tempo que ia levar até lá chegar. Continuei caminho, cruzei me com uns montanheiros de Lisboa a quem dei algumas orientações.
Passei o Estreito e já estava quase a chegar…Cheguei o Prado de Iteiro de Ovos é um prado encantador, lindíssimos, muito pequenino e naquele dia tinha vestido o traje mais sedutor, o mais quente… tinha vestido as cores do Outono. Sentei me junto a pequena cabana e fui meditando sobre a razão de eu estar ali, sobre a minha procura incansável. Fui conversando e pouco a pouco fui me declarando, ouvi passivamente a sua dor causada pela minha ausência… confidenciei lhe baixinho que essa dor é recíproca e que a minha procura incansável do prazer, me conduzia todas as semanas aquela serra…. Senti suavidade no seu toque, ouvi sinfonias na sua voz, senti o seu calor desabrochar da terra… Olhei par o Coucão, demasiado sedutor para lhe resistir, ouvi seu chamamento e eis que estou aqui. Acariciei-o com o olhar, cada rochedo, cada pedra, cada pedaço de mato na expectativa de encontrar a melhor maneira de chegar a ele… e não é que no cimo de uns rochedos, umas pequenas mariolas acenavam, indicando o trilho, o caminho para chegar até ele… Depois de o namorar, depois de o seduzir e me deixar seduzir, entreguei me a luxúria e ao prazer. E de uma forma desenfreada comecei a subir e a subir sempre mais até chegar a um topo, uma parede de rochas e já não conseguia avançar mais em segurança, não podia esquecer que estava sozinha e ninguém para me socorrer se acontecesse alguma coisa… Lindooo Bom demais… Espectacular a paisagem vista dali, naquele preciso momento entendi o porquê daquele caminho tão longo, o porquê daquele reencontro.  Mas um dia terei de voltar e chegar ao topo mesmo...
Caminhei em direcção ao Prado da Rocalva, passei mesmo pela lateral da Meda da Rocalva e lá estava a meus pés o Prado. Encontrei-me com uns colegas que já tinha guiado, grande festa que me fizeram… muito bom se sentir acarinhada e querida… Almoçamos, saboreamos aqueles momentos e seguimos caminho, eles em direcção ao Rio Conho e eu a Roca Negra.
Subi a Roca Negra e mais uma vez umas pequenas mariolas foram me desencaminhando, alterando assim o percurso que tencionava fazer. Não estava muito preocupada ainda tinha muita luz solar pela frente, a nenhum momento perdi os meus pontos de referencia, e conforme ia caminhando a beleza que os meus olhos alcançava era cada vez mais soberba… O vale do Rio Conho visto dali de cima era fantástico e a Vale da Teixeira do meu lado direito era magnifico. Caminhei longamente sobre aquele bloco granítico passando de pico em pico, lembrando e recordando as conversas dos meus companheiros de montanha e de alguma forma, todos eles estiveram presentes… pena foi mesmo não ter partilhado daquela plenitude… Outros dias virão.
Quando cheguei ao topo da Corga da Giesteira voltei a cruzar me com os colegas da Rocalva.
Aí continuamos juntos, subimos ao Alto de Arrocela, espectacular ver aquela cabaninha no meio da Corga que mais parecia a querer engolir…e descemos até ao Arado pela Mata da Malhadonça.
Um dia volto.



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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Transparência...


Passo por ti e nao me vês
Tocas me e não me sentes.
Falo te e não me ouves
Não me vês? Mesmo…

Não...
Transparência é meu nome…



Será que sabes que esta busca incasável só tem um propósito…