quarta-feira, 25 de maio de 2011

I'll be there... Just call my name


Este video dedico a minha querida Cabra do Gerês que esta impossibilitada de ir para a Serra... Lirio é para ti. :)

De Desktop

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terça-feira, 24 de maio de 2011

14-05-11 Arado - Chã de Pinheiro - Vale Teixeira - Arado

Amigo

E um adolescente disse: "Fala-nos da Amizade."
E ele respondeu, dizendo:

"Vosso amigo, é a satisfação de vossas necessidades.Ele é o campo que semeias com carinho e ceifais com agradecimento. É vossa mesa e vossa lareira. Pois ides a ele com vossa fome e o procurais em busca da paz. Quando vosso amigo manifesta seu pensamento, não temeis o "não" de vossa própria opinião, nem prendeis o sim. E quando ele se cala, vosso coração continua a ouvir o seu coração. Porque na amizade, todos os desejos, ideais, esperanças, nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa.
Quando vos separeis de vosso amigo, não vos aflijais. Pois o que vós ameis nele pode tornar-se mais claro na sua ausência, como para o alpinista a montanha aparece mais clara, vista da planície. E que não haja outra finalidade na amizade a não ser o amadurecimento do espírito. Pois o amor que procura outra coisa
a não ser a revelação de seu próprio mistério não é o amor, mas uma rede armada, e somente  o inaproveitável é nela apanhado. E que o melhor de vós próprio seja para o vosso amigo. Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré, que conheça também o seu fluxo. Pois, que achais seja vosso amigo
para que o procureis somente fim de matar o tempo? Procurai-o sempre com horas para viver.
Pois o papel do amigo é o de encher vossa necessidade, e não vosso vazio.
E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres. Pois no orvalho de pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e se sente refrescado.

Khalil Gibran
Do Livro "O Profeta"
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Lúis Vendeirinho

"Há uma fronteira para além da qual só reconhecemos as pegadas dos amigos, onde só se amam as raízes que bebem dos mesmos segredos, cristalinos, gélidos ante a nossa sede e o nosso suor de distâncias sobre que voam os olhares e as memórias, uma fronteira onde não se conjugam os sentimentos no pretérito, nem as desilusões no condicion...al, essa fronteira que nos separa do trivial, mas amarra a toda a simplicidade da Natureza, onde pisamos o bocado de chão que nos foi reservado no universo, e donde vemos o firmamento como seja o jardim para onde dão todas todas as janelas onde habitamos a solidão e as palavras que nos entregam todos os que contrabandeiam connosco..." LV

terça-feira, 17 de maio de 2011

GERÊS

"A Serra do Gerês, ou o Gerês, é Património Nacional inestimável numa acepção vasta. Poder-se-á ousar dizer que é já ícone, que é um mito, uma jóia, um bem protegido por lei que para muitos é memória, destino de eleição, objecto de estudo e investigação, uma paisagem irrepetível, uma inspiração de artistas, um local de aventura e repouso. Mas, diga-se o que se disser do Gerês, quem chega de novo fica rendido, quem o conhece surpreende-se de cada vez que regressa, quem aí vive em permanência partilha-o na condição de casa comum com aqueles que o elegem por outros mais diversos motivos. O Gerês é uma referência por demais importante para ser esquecido, para se confinar ao espaço natural em que se representa, para ser apenas objecto museológico, fotográfico, turístico. Ele é um cimento entre gerações, entre vários interlocutores, podendo afirmar-se que não discrimina quem quer que seja a não ser pelo desinteresse que possa injustamente suscitar. Lá residem todas as formas em que se exprime a Natureza, numa harmonia que torna o Parque exemplo acabado do que de mais autêntico nos pode este nosso território reservar, também pelas suas gentes e pelos caminhos ainda por desvendar".
Lúis Vendeirinho

domingo, 15 de maio de 2011

06-05-11 Pitões da Junia- Mata do Berredo- Aldeia Velha de Juriz- Castelo- Rio do Beredo- Fisgas- Rebolões- Pitões

A PITÕES DAS JÚNIAS FORAM, TU E ELA,
SITUADOS QUE ESTAVAM EM MOURELA
E ATRAVESSANDO O CARVALHAL DO BEREDO
AFOITA, DESTEMIDA E SEM MEDO
PROSSEGUISTE, DESEJANDO ESTAR O DIA INTEIRO
NA DELÍCIA DAS AVELEIRAS, O SEU RIBEIRO
ACONSELHANDO A CAMINHADA, O TEMPO, FEITO JUÍZ
DETERMINOU QUE O ALMOÇO SE APRESTASSE EM JURÍZ.
REFEITAS DO REPASTO, TU E ELA, EM DIRECÇÃO AO CASTELO
COM A VISÃO GRANÍTICA OPOSTA Á DE MACIO NOVELO
CAMINHARAM EUFORICAS ATÉ Á PONTE DE SERVAS
SEM SER SÚBDITAS DO TEMPO, APETECIA LHES O REMANSO DAS ERVAS.
MAS FORAM ANDANDO, TU E ELA,
COM A VISÃO LONGÍNQUA DAS AGUAS DE PARADELA
SERENAMENTE, NÃO AOS ENCONTRÕES
JÁ QUE ERA PRECISO ALCANÇAR A PONTE DE REBOLÕES
E NO ENCALÇO, SEMPRE SEMPRE, DE PITÕES
CRUZARAM LUGARES DE LAMEIRO
OBVIAMENTE EM PRIMEIRO
COM A AMIZADE AUMENTADA NOS SEUS LINDOS CORAÇÕES.
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domingo, 8 de maio de 2011

Luís Vendeirinho

"O exacto sítio onde a pessoa humana merece estar é entre quantos compreendam as suas palavras, disponíveis para atender às suas necessidades e suficientemente modestos para aceitarem o pouco que haja para lhes ser oferecido, no sítio onde não haja conflito com a sua natureza de indivíduo que almeja, constrói, sonha e conhece a porção da realidade que desperta esse sonho, no sítio onde tudo sobra para quem venha, que tudo dá a quem passa e muito promete acerca de felicidade, da felicidade a que tantos nunca souberam provar o travo, nem procuraram o caminho que leve até ela, nem que seja até perto dela, até bem perto..."

LV.
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segunda-feira, 2 de maio de 2011

30-04-11 Fafião (Castelos de Azeveiros) - Touça com o CMB e o Luis Vendeirinho

30 De Abril de 2011 já tinha marcado esta data/caminhada já quase há um mês atrás. Caminhada que prometia a participação de algumas pessoas que eu queria muito reencontrar, infelizmente algumas não apareceram, penso que chuva as assustou. E depois porque iria caminhar com um escritor/poeta que já caminhava pelo Gerês nos anos 70, Luís Vendeirinho.

Encontramo-nos todos em Fafião onde já nos esperava o Luís e a Juliana, uns cumprimentos muito rápido porque já dispensávamos as apresentações, já tinha lido muitos dos seus textos e sabia que de certa forma sentíamos todos a serra da mesma maneira. Foi algo fantástico para mim aquele primeiro impacto… Como se finalmente encontra-se alguém que eu sabia sentir da mesma forma…

Começamos a nossa caminhada já não sei bem a que horas mas ali a hora já não importava. Ali o tempo não tem horas. Ali a felicidade é tanta que até me esqueço das horas, do tempo… Subimos de carro ate ao Planalto mesmo acima da Pala de Fafe já quase junto a Roca das Cabriteiras, no Caslelos de Azeveiros… A progressão foi ao ritmo de cada um, os mais velozes foram a frente sem muitas fotografias e os mais lentos foram ficando para trás apreciando cada passo dado, cada paisagem avistada a cada virar da montanha. Fomos pela Quina das Agulhas pelo trilho de cima, o das vacas. Achamos que o de baixo, o das cabras seria demasiado perigoso… Assim fomos avançando umas vezes debaixo de chuva, mas quase que não choveu até a Touça local onde iríamos almoçar e ficar. Fui conversando com uns, cantarolando para outros, a minha felicidade e alegria era enorme… Sinto me sempre tão bem na montanha, uma vontade de querer contagiar toda a gente que me rodeia com esse bem-estar. Chegando ao Porto da Lage a represa desbordava, deixando transparecer uma cortina de agua que dava vontade de nos colocarmos por baixo e deixar que a agua purificasse as amarguras que a vida por vezes tem…
Chegando ao Curral da Touça, lá preparamos o nosso almoço, com a sopinha que meus colegas trazem sempre, o cafezito e claro a mousse de chocolate que cai sempre muito bem. Ficamos ali, uns a contemplar, outros ávidos de belas paisagens para as perpetuar com o flash de uma máquina de fotografia, e claro há sempre um ou outro que gosta de esticar um pouco mais as pernas. A grande maioria ficou ali a conversar mas a chuva voltou, alguns abrigaram-se na cabaninha ou forno que ali há, os homens ficaram cá fora a conversar debaixo de chuva… Durante esse tempo fui conversando com uns e com outros, fui esbanjando sorrisos, (dizem que abre todas as portas), mas estava muito ciente e atenta a tudo o que me rodeava… a todos os porquês que muitas vezes, ali sozinha, tentei encontrar as respostas… De repente tudo fazia o maior sentido… De repente sem muitas perguntas, as respostas passaram a minha frente como a película de um filme… E apreciei a jovialidade e energia da Lúcia e do Ian, a simpatia da Sónia e o companheiro, o sorriso cândido da Juliana, a sabedoria e experiencia do Luís, a distancia aparente mas sempre presente do Narciso, a amizade e carinho do Victor, o bom senso e paixão com o qual o Paulo se movimenta na montanha, a timidez do Benjamin e para terminar o sorriso encantador do Amadeu… sorriso capaz de aquecer os corações mais gélidos…
Chovia muito mesmo mas estávamos todos tão bem que nem a chuva perturbava as nossas conversas, até que tivemos de por pernas ao caminho…
No regresso, como sempre sou sempre a ultima a ficar pronta. Parece que nessas alturas algo ou alguém limita os meus movimentos e os torna mais lentos, como se algo ou alguém quisesse que eu ficasse ali. Não te queria deixar, queria continuar ali e sentir aquele prazer que se torna de semana após semana cada vez mais viciante… No regresso, já no trilho meus passos tornavam-se cada vez mais lento… Custa me sempre imenso o regresso, como se uma voz me dissesse “ fica o teu lugar é aqui ao meu lado… não me deixe… a rocha é demasiado dura e a agua demasiado "gélida” como se a minha alegria ali, pudesse aquecer as suas aguas e o meu sorriso suavizar o seu solo… Como se ali fosse o local mais perto do nosso paraíso…
Depois de algumas trocas de impressão com o Luís, constatei que afinal é muito normal eu sentir essa presença, muitos outros já escreveram sobre essas presenças… Não, não sou a única a sentir, há muita gente que sente a serra e as montanhas da mesma forma e isso alegra-me.
De repente parecia que finalmente tinha ali a resposta para todas as questões de uma vida, de repente parecia que essa longa caminhada visava simplesmente um fim… Chegar ali, naquele momento e sentir aquela felicidade por estar ali contigo, com eles, com todos vós.
Chegando aos carros ainda fomos beber algo e conviver mais um pouco. A promessa de voltarmos a caminhar todos juntos muito brevemente, ficou no ar… Maravilha!


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domingo, 1 de maio de 2011

Pastagens Centenárias Serra do Geres

"Comunicamos a toda a população da Freguesia de Ferral e Covelo do Gerês e (aos lugares de cima da freguesia de Cabril Xertelo,Azevedo e lapela) lugares que compartilhavam a vezeira em conjunto com Ferral e Covelo do Gerês, que no dia 7 de Maio 2011, vai-se realizar mais uma actividade de limpeza e arranjo dos trilhos e cabanas e mariolas com pertença centenária as freguesias referidas, assim comunicamos a toda a população que o local de encontro para inicio dos trabalhos, será junto ao (Mariola) trilho do Castanheiro as 7H 30M
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Comparece, estas a defender e a zelar por uma herança que os teus antepassados te deixaram, e que o fizeram com muito sacrifício. Texto retirqdo do blogue VEZEIRA DO FERRAL  http://vezeiraferral.blogspot.com/