quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TRLHO DO MEDRONHEIRO

Participe também no percurso do TRILHO DO MEDRONHEIRO, em FAFIÃO, no Domingo dia 30 de Outubro pelas 10horas.


Este trilho é considerado de dificuldade média, possui apenas cerca de 9,5 KM de comprimento. Passe um dia diferente, fazendo uma caminhada pelo trilho usado pelos pastores. A Associação Vezeira, oferece o lanche típico a meio do percurso.
Faça parte desta iniciativa e traga um amigo!

Aceite o nosso convite e remeta-nos a sua inscrição aqui para http://vezeira.ptindex.php?pagina=inscri até ao próximo dia 28 de Outubro.

Vai valer a pena!

Boas caminhadas,
Associação Vezeira
Fafião-Montalegre

IV Encontro de Micológico - Vila Nova - Montalegre

Dia:
29 de Outubro de 2011

Programa:

- 9h00 Abertura da exposição no clube Pessoal da EDP – Vila Nova
- 10h00 Inicio da tertúlia Micologica
- 11h00 Formação de Gupos
- 11h15 Saída para o campo – almoço volante
- 16h00 Regresso com partilha de experiencias e avaliação
- 18h00 Lanche/jantar
             * Sopa de Cogumelos
             * Degustação de cogumelos
             * Carne grelhada
             * Prova de vinhos
- 22h00 Baile

Cogumelos 2011 - PAPAVENTOS


Programa:

Dia 30.10.11
09h00 – Encontro no Ecomuseu de Barroso – Montalegre
10h00 – saída para actividade de campo
14h00 – Almoço / convívio (em restaurante)
15h00 – exposição de cogumelos.

Contactos para inscrições: 917593062 – josearantes@sapo.pt

Organização: Papaventos

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

01 e 02-10-11 Fafião - Touça - Porta Ruivas - Portas de Abelheira - Alto de Palma - Fojo Pincães - Cabriteira - Fafião.



Finalmente um fim-de-semana em que eu estava em Portugal, ansiosa por ir para a serra e ávida de aventuras, lá fui eu mais uma companheira de aventuras ter com os meus colegas a Braga que iriam connosco mas só nos acompanhariam no primeiro dia. Pois eu ia e ficava com a minha querida Nogueira a pernoitar e eles regressavam. Estava radiante ia caminhar com gente fantástica e um colega que já não me acompanhava há alguns meses, o Pedro.

Começamos em Fifião, terra da qual eu já me sinto fazer parte. O Pedro chagou mais tarde, não podia deixar de ser quem é, e continua a chegar a seu belo prazer e à hora que tem de ser. Não fazendo esperar ninguém, lá começamos sem ele, mas sabia que ele iria vir ter connosco.
Com o Pedro

Eu e a Nogueira começamos no Castelo um pouco antes do Vidoal pois íamos bem carregadas. Os outros colegas começaram mesmo em Fafião já mais ligeiros. Senti, varias vezes a satisfação da Nogueira a caminhar e a trepar a todos os rochedos, já há alguns meses que ela não caminhava mas a condição física e alegria de caminhar continuava intacta… como sempre. Fotos dali, sorriso dacolá lá fomos caminhando devagar numa tentativa de nossos colegas nos alcançar… Já muito depois da Quina das agulhas e depois de Passar a Corga Funda, fiquei com o Paulo a aguardar pelos nossos colegas. A Nogueira, o Daniel e o Manuel João continuaram até ao local do almoço e até onde nossos colegas nos iriam deixar.

Recordei o meu querido Fernando de Matos, fiquei a olhar o tubo que atravessa o rio e leva a água para casa dos pais dele, fiquei a apreciar a Quina da Carqueja que ele me mostrou e com a vontade de um dia a fazer. E nossos colegas que nunca mais chegavam. De repente lá no fundo do trilho vinha um solitário, primeiro pensamos ser um colega nosso que se destacou do grupo, mas não… Inconfundível aquele andar… Era o Pedro bem ligeirinho para nos alcançar. Fiquei tão feliz por o ver e sentir o abraço dele, contínua igual… nada mudou naquele homem. Logo a seguir, chegaram os nossos colegas que embora tivessem saído mais cedo, vieram pelo trilho de cima, o das “vacas” bem mais longo e dai o facto de chegarem depois. Todos juntos fomos até a Touça. Eu estava muito feliz, radiante ia dormir na serra e estava com os meus colegas de aventura… Fantástico.

Chegando a Touça o calor convidava a umas banhocas, e por mais gélida que a agua estava eu sentia-me com peixe dentro de agua. Alice brindou-nos com uma carne assada na brasa divinal, enquanto o Pedro nos brindou com um bom vinho. Eu e a Nogueira guardamos o que tínhamos para o nosso jantar e almoço do dia seguinte. Cerca das 17h00 nossos colegas regressaram e nós aventureiras que somos, lá começamos a subir até Portas Ruivas. Já tinha descido um mês antes. Mas agora eu queria subir e dormir no curral com o mesmo nome e pelo qual me encantei. Na minha subida pensei muitas vezes na minha querida Tília que um ano atrás tanto queria fazer aquela subida até a um pequeno carvalhal que fica a um terço da subida. A subida não foi fácil muito íngreme, muito longa e nossas mochilas muito pesadas. Lá estava eu mais uma vez a sós com esta companheira que por mero acaso, sem querer me acompanha sempre nas aventuras mais marcantes de minha vida. A noite foi-se pondo e a escurecer cada vez mais. A lua fazia de vez em quando a sua aparição por entre as fragas que ali há… Eu sentia me confiante. Passei ali uma vez mas era capas de fazer aquilo de olhos vendados e assim foi, a noite caiu e nos continuamos até ao curral quase sem lanternas. Chegando ao curral, instalamo-nos a luz da lanterna, comemos e minha companheira foi se recolher. Eu… fiquei ali a saborear mais um pouco de vinho, a ver as estrelas, a apreciar as silhuetas da montanha. Senti o vento quente acariciar o meu corpo, a beijar meu rosto, senti-me feliz e plena por estar ali, deitada no chão sem nada ou quase nada e a pensar: mas porque não tenho eu medo? Sentia me abençoada pela vida e uma privilegiada por poder usufruir daquele bem-estar. Beijei a noite, abracei a lua, vi estrelas no firmamento e adormeci com o sorriso da felicidade estampado no rosto.
Curral de Porta Ruivas
No dia seguinte acordamos as duas felizes por estarmos ali, maravilhadas com uma amizade que dura ao longo dos anos e da distância, e radiantes por mais uma vez estarmos juntas na mesma paixão. Saí da tenda e fui saudar o dia. O sol ainda não tinha nascido, mas o espectáculo que ele deu quando me viu, foi divinal. Os raios dele iam em todas as direcções, louco por eu estar ali, feliz por me ver, maravilhado com a paixão que sinto por essas montanhas. Encontrei no meio da vegetação uma rocha coberta com um manto verde de musgo, era ali… Tinha de cumprir ali o prometido… 
Deitei-me no musgo, abracei-o e beijei-o tal como o tinha prometido ao Luís, sò faltava agora encontrar a fonte para beber nela e cumprir a promessa na íntegra. Tomamos o nosso pequeno-almoço e subimos algumas fragas, fomos apreciar as vistas. A Nogueira pulava de rochedo em rochedo, comportamento que a caracteriza e a qual me fez lembra a minha doce flor, a Lírio. Ah!!! Minha doce flor como pensei em ti e como gostaria que tivesse ali a pular de pedra em pedra tipo uma cabritinha que sei que és!!!  Ias adorar. A paisagem vista dali de cima é algo de outro mundo. Ver o Caucão, o vale do rio Fafião ou o Vale das Fichinhas daquela perspectiva é algo do outro mundo. Sentamos as duas num alto e ficamos ali, umas vezes a conversar outras silenciando. Olhei carinhosamente para o meu cantinho a Sesta da Amarela e recordei o Jorge Nogueira, querido amigo e meu protector na montanha, se não fosse ele provavelmente demoraria mais tempo a encontrar aquele local. A Roca Negra e a Rocalva mais uma vez espreitavam, loucas a ver qual das duas atirava mais a minha atenção… Sorri e saudei a serra toda, e declarei ali a minha paixão… Tanto ficamos ali que perdemos a noção do tempo e a manhã tinha passado… Regressamos ao Curral pegamos nas nossas mochilas e toca a andar.
Mariola bem antiga
Decidi tentar encontrar um trilho que os residentes de Pincães utilizavam para ir a esse curral. Os residentes de Pincães já me tinham falado dele e na minha primeira caminhada aquela zona já eu tinha visto algo desenhado na montanha, não hesitei fui andando certa de que estava no trilho certo. E não é que estava mesmo, logo ali uma mariola e mais outra e depois outra bem antiga quase toda ela coberta de musgo de tão antiga que era. Ali o trilho era quase inexistente, só mesmo as mariolas (muitas) indicavam o rumo. Chegando ao fim do vale que fica numa pequena arena, o trilho começou a estar bem mais definido, não tive dúvidas para alem de bem marcado, o gado ainda passa ali e de certeza que alguns pastores também. Fomos descendo lentamente por uma encosta apreciando o vale bem fundo até que passamos para a Corga de Valongo. A descida pelo “peitinho” da montanha é esplêndida, muito íngreme mas de uma beleza incalculável. As Quinas de Arrocela cresciam a nossa frente conforme íamos descendo, o Alto de Borrageiro parecia tão próximo e aquele vale das Portas do Abelheiro é de facto um espectáculo para nossos olhos. O trilho levou-nos de facto as portas do Abelheiro, ai descansamos e preparamo-nos para a ascensão ao Alto de Palma. Uma subida bem durinha também, subida que minha colega já tinha feito há uns anos atrás quando guiei o UPB. Na nossa subida fomos recordando a ultima vez que ali passei… Quando escorreguei e cai ao ribeiro, os colegas que nos acompanharam e mais uma vez a nossa Tília que veio a baila… Ela que tinha gostado tanto e que descreveu aquela paisagem como sendo uma terra de fadas e duendes… e como ela tinha…tem razão… Chegando ao Alto de Palma a recompensa valeu bem o esforço. Nas nossas costas o Gerês com seus vales profundos e suas fragas. A nossa frente a Cabreira a dar o ar de sua graça e a nossos pés Pincães e a barragem de Salamonde… Soberbo. Ficamos ali mais uma vez a sentir a plenitude, a sentir a brisa no nossos rostos e o sol a acariciar nossos corpos… ficamos ali simplesmente a abraçar a vida…
No Alto de Palma

Fomos descendo lentamente pelo trilho que o Fernando de Matos me tinha revelado, parando muitas vezes para registar as fragas e precipícios que se deparavam a nossa frente… Vi varias vezes o rosto do Fernando feliz por ter estado na serra dele, recordei a Verónica, uma menina de 12 anos que nos acompanhou 1 mês atrás e que se revelou uma genuína filha da serra.
Chegando a Chã de Pala de Fafe, encontrei o Nuno, filho da D. Zéza que ia limpar a nascente da água que abastece a casa dos pais dele. Ofereceu-nos boleia a qual aceitei sem hesitação… é que aquele estradão é a parte pior de qualquer caminhada para mim… Esperamos por ele na Fonte do Galo e aproveitei mais uma vez para recordar o Luís e bebi “um gole de agua da serra em memoria de todos que ali celebram…” Ficamos as duas ali sentadas a espera do regresso do Nuno e ficamos a apreciar o por do sol… Espectáculo lindíssimo ver o ardor do anoitecer a seduzir e encandear a montanha. Quando o Nuno regressou resolvi fazer uma pequena visita a D. Zéza que claro já sabia que eu estava na serra… já há dois dias que ela vigiava o meu carro que pelos vistos não era a única. Ai !!! Meu Deus que abraço tão bom que eu ganhei dela! O sorriso e o brilho nos olhos contínua o mesmo, continuava um pouco preocupada comigo e por mais incrível que pareça senti naquela abraço o calor de uma mãe ou de um ente muito querido que a gente quer muito bem… Tentei depositar naquele meu abraço o maior carinho e o melhor que pode haver em mim… Acho que ela sentiu isso…
Voltamos para casas encantadas e felizes da vida…


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